Texto Bíblico: Neemias:
8.1-3,5,6,9,10
INTRODUÇÃO
I.
O POVO SE AJUNTOU NA PRAÇA PARA OUVIR A LEITURA DA LEI
II.
O ENSINO BÍBLICO
III.
O ENTENDIMENTO DA PALAVRA GEROU O AVIVAMENTO
AVIVAMENTO: A RESTAURAÇÃO DO VERDADEIRO SENTIDO DA VIDA
O salmista orou: “Não tornarás a vivificar-nos, para
que o teu povo se alegre em ti?” (Sl.85.6). Ele reconhecia que o povo de Deus
era espiritualmente impotente; o fogo da devoção estava baixo; a alegria se
fora: “Vivifica-nos”, clamou, mas o que queria dizer? Que é avivamento?
Muitos hoje pensam que o avivamento é uma série de
encontros com o fim de acender o interesse pela Igreja. Outros acham que é uma
forma de emocionalismo religioso. Mas duvido que tais ideias acerca do termo
tenham passado pela cabeça do salmista.
Avivamento significa acordar e viver. No Antigo
Testamento, a palavra para avivamento vem de outra que significa “viver”, que
originalmente carregava o sentido de respiração, visto que a respiração é a expressão
de vida em todos os seres animados. Daí poder-se dizer dos ossos secos: “Eu
porei respiração dentro de vocês e os farei viver de novo” (Ez 37.5 [BLH]; cf.
37.6,14; Jó 33.4; 1 Rs 17.22). Avivamento, ou vida, era “respirar na respiração
de Deus”. Como vimos aqui, a ideia enfatizada é que a fonte dessa vida está em
Deus.
A palavra correspondente no Novo Testamento significa
“ressuscitar” (Ap 22.5; Rm 14.9; cf. 7.9). O termo, conforme usado por Jesus,
denota a mudança na vida de um filho pródigo penitente que retorna à casa do
pai, no sentido de que o filho que estava “morto” e agora “reviveu” (Lc
15.24,32). Outras palavras comparam o avivamento ao reacender de uma chama que
se apagava aos poucos (2 Tm 1.6) ou a uma planta que lança novos brotos e “floresce
novamente” (Fp 4.10).
A ideia básica de avivamento é sempre o retorno de
algo à sua verdadeira natureza e propósito. De acordo com a história da
redenção, o avivamento pode ser visto como “uma obra diferente e soberana de
Deus, em que Ele visita seu povo, restaurando, reanimando e liberando-o para a
plenitude de sua bênção”. Por seu poder, “grandes energias, até então
adormecidas, são despertadas, e novas forças – que há muito vêm sendo
preparadas no interior – ganham vida”. No despertar do avivamento, vem a vida –
vida em sua plenitude, vida transbordante de amor e poder divino.
É claro que nem todos os detalhes sobre essa nova vida
podem ser plenos. Sendo uma ação sobrenatural do Espírito, há sempre um quê de
mistério. Mas uma coisa é certa – no avivamento, homens e mulheres revivem para
a vida de Deus.
Transformação
pessoal
O avivamento torna-se evidente pela mudança operada no
coração pelo Espírito Santo. A extensão de sua ação pode variar, e há
diferenças na forma como se expressa, mas o avivamento é manifesto “onde quer
que você veja [a vida espiritual] levantando-se de um estado de considerável
depressão para uma situação de vigor e força maior”.
A transformação mais imediata é a renovação da
experiência cristã individual. Quando alguém corresponde inteiramente à divina
graça, há uma maravilhosa certeza do perdão dos pecados; o coração é limpo, a
alma é livre. A fé não vacila ante as promessas de Deus. A oração palpita com o
aroma do céu. O amor enche o coração com canções, e o louvor é espontâneo.
Ainda há sofrimentos e tentações, mas no centro de tudo está o rosto
resplandecente de Deus, brilhando no interior do ser. Cristo é real, a sua paz
preenche a alma, sua vitória derrota o mundo.
Do ponto de vista do cristianismo do Novo Testamento,
não há nada de incomum na experiência do avivamento. É assim que as pessoas
deveriam sempre viver. Nas palavras de Roy Hession: “É simplesmente você e eu
andando pela Estrada em completa identidade com o Senhor Jesus e uns com os
outros, com cálices continuamente purificados, deles transbordando a vida e o
amor de Deus”.
Ou, como Charles G. Finney explica, avivamento
simplesmente “consiste em obedecer a Deus”, o que significa que é obrigação
mais elementar do homem.
O avivamento, no sentido pessoal, deveria ser uma
realidade constante. A ideia de que o avivamento é “algo que ocorre em épocas e
períodos especiais” é consequencia da natureza volúvel do homem, não da vontade
de Deus. Infelizmente, a maioria de nós experimenta aqueles momentos de apatia espiritual
que tornam o avivamento necessário. Mas se vivêssemos continuamente na
plenitude do Espírito de Cristo, como Deus deseja, o avivamento seria um estado
permanente.
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